Fonte: www.wikipedia.com
DefiniçãoAs cãibras ou câimbras são contrações involuntárias e dolorosas de um músculo esquelético. São frequentes durante a noite, ou exercícios físicos extenuantes, em pessoas que não possuem condicionamento físico adequado.
Podem aparecer em diversas condições clínicas, por exemplo:
hipocalcemia (baixos níveis de cálcio no sangue), hipopotassemia (baixos níveis
de potássio no sangue) e baixa oxigenação.
Uma das principais causas da cãibra é o acúmulo de ácido
lático no tecido, devido a degradação da glicose na ausência de oxigênio
(glicólise). Havendo oxigênio suficiente, o ácido lático é convertido de volta
para ácido pirúvico e transformado em acetil-CoA e dióxido de carbono, numa
reação catalisada por enzimas.
A cãibra ainda é objeto de estudo, mas é certo que o espasmo
é de origem nervosa ou neuromuscular. Experimentos de laboratórios têm mostrado
que um músculo isolado, levado a "hiperencurtamento", permanece no
estado de contração por algum tempo, a menos que seja forçado a se estender
novamente. Esta situação está intimamente relacionada à cãibra.
O excesso de eletricidade estática do corpo provoca o
desencadeamento das cãibras. O médico e pesquisador italiano Luigi Galvani
(1737-1798) em coxas de rã descobriu que músculos e células nervosas eram
capazes de produzir eletricidade, que ficou conhecida como então como a
electricidade galvânica. Ele demonstrou que a eletricidade estática pode causar
contrações musculares involuntarias. No entanto, por definição, uma cãibra é
uma contração muscular involuntaria.
Prevenção
A cãibra está relacionada à carência de nutrientes no
organismo, principalmente o magnésio, encontrado nos vegetais de folhas verdes
escuras, como a couve, a rúcula, a escarola, o espinafre, o agrião, nos grãos
de feijão, como lentilha, grão-de-bico e o próprio feijão e nos cereais
integrais.
São necessárias boas condições de oxigenação para evitar as
cãibras. Uma vez sentindo-as, é necessário parar a atividade e respirar
profundamente, massageando a área. Existem condições clínicas específicas que
levam a cãibras e que devem ser tratadas especificamente por profissionais de
saúde, como anemias.
Comer alimentos ricos em potássio, como banana e batata
não-descascada, podem ajudar a prevenir as cãibras musculares.
Contra as cãibras dos esportistas, praticando o esporte sem
sapatos coloca os pês em contato direto com o chão para eliminar a eletricidade
estática.
Contra as cãibras noturnas, é só usar uma pequena almofada
anti-estática.
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Confira agora as verdades e mentiras relacionadas. Essas informações são preciosas!
fonte: http://revistacontrarelogio.com.br
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Mito: As cãibras são causadas por cansaço muscular.
Em termos: As cãibras podem ser causadas por vários motivos.
Elas podem ser divididas em cãibras fisiológicas (que ocorrem em músculos
normais, causadas pelo exercício físico), patológicas (que ocorrem em músculos
ou nervos doentes) e cãibras sintomáticas (associadas a alguns tipos de doenças
ou ao uso de medicamentos). Como nosso artigo é sobre as cãibras relacionadas
ao exercício (fisiológica), todos os comentários referem-se a este tipo, que é o mais comum.
Mito: As cãibras são mais comuns nas pernas.
Verdade: Elas são mais comuns nos músculos que cruzam duas
juntas (ou articulações), como os da panturrilha e anteriores e posteriores da
coxa. Estes músculos são mais longos e o reflexo deles é mais estimulado, pois
são esticados com maior freqüência. Uma outra forma de cãibras são as dores
provenientes da contração involuntária do diafragma, que causa a famosa dor de
barriga nos atletas destreinados ou que se submetem a um esforço exagerado.
Mito: Não se sabem as causas das cãibras
Em termos: Várias teorias tentam explicar a origem da cãibra
associada ao exercício. A mais aceita foi desenvolvida por cientistas da África
do Sul (Timothy Noakes e Martin Schwellnus) e envolve uma causa a partir do
sistema nervoso. Todo músculo é controlado por um determinado nervo, que
estimula a sua contração. Músculos que trabalham encurtados por muito tempo,
como em uma maratona, levam a uma estimulação excessiva deste nervo, provocando
um reflexo de contração anômala, desencadeando a cãibra.
Mito: Existem medicamentos que podem causar cãibras
Verdade: Várias substâncias podem facilitar a ocorrência de
cãibras, entre elas, diuréticos e remédios para pressão.
Mito: Cãibras acontecem apenas em atletas destreinados
Falso! Mais de 90% das pessoas, mesmo não praticantes de
corrida, terão algum episódio de cãibra durante a vida. Atletas destreinados
que exageram na carga de exercícios apresentam maior risco de terem cãibras.
Entretanto, mesmo veteranos podem ter cãibras, se realizarem um esforço acima
do habitual.
Mito: Algumas pessoas têm mais cãibras que outras.
Verdade: Há uma predisposição pessoal para ter cãibras, que
podem não parar de acontecer mesmo com tratamento adequado. Alguns atletas
sempre têm cãibras após correr 30, 40 ou mais quilômetros, apesar de estarem
bem preparados para correr, alimentarem-se bem e cumprirem boa hidratação. Este
fenômeno ocorre mais em atletas idosos, pesados ou que não apresentem bons
hábitos de alongamento.
Mito: Quanto mais nervoso o atleta, mais cãibras ele pode
ter.
Verdade: O aspecto psicológico é importantíssimo para as
cãibras serem evitadas. Em um estudo americano, apenas o ato de tomar uma
pílula sem efeito (placebo) antes de uma maratona, levou a que um grupo de
atletas tivesse menor incidência de cãibras que os atletas que disputaram a
mesma prova. Quanto mais preparado mentalmente um atleta para seu desafio,
melhor ele se sairá.
Mito: Durante uma cãibra, não há nada a fazer
Falso: Na hora em que uma cãibra ocorre, o grupo muscular
afetado deve ser alongado de imediato, para reduzir a duração da dor e para
evitar novas cãibras. Quando a dor é na região da panturrilha, a melhor maneira
de alongar é subir um degrau ou uma guia e soltar o peso em cima do calcanhar,
esticando o joelho e alongando os músculos do tendão de Aquiles. Quando a dor é
na região da frente da coxa, apoiar o braço em algum poste ou parede, ficar em
cima da perna que não dói e segurar o peito do pé da coxa contraída, tentando
juntar o calcanhar na região glútea e jogando o corpo para trás. Logo após
parar de correr, colocar gelo na musculatura dolorida ou tomar um banho frio
ajuda de duas maneiras: previne a inflamação e melhora a dor local (baixa o
estímulo dos nervos e do reflexo da cãibra). Se a cãibra for acompanhada de
tonturas, mal-estar e vertigens ou desmaio, o atleta deve interromper
imediatamente o exercício e procurar atendimento médico urgente.
Mito: Bebendo bastante água consigo prevenir cãibras
Falso: O consumo excessivo de água, sem reposição de sal,
pode desencadear uma baixa do nível de sódio no sangue (hiponatremia), uma das
causas de cãibras patológicas.
Mito: Comer bananas evita as cãibras.
Falso! A banana é uma ótima fonte de potássio, porém as
cãibras associadas à perda de líquidos e sais pelo suor são devidas à diluição
do sódio no sangue, como mencionado na explicação do mito anterior. O uso de
bebidas isotônicas ou água e alimentos com sal são métodos mais efetivos para
prevenir este tipo de cãibra.
Mito: Beber água tônica evita as cãibras
Falso: Embora o quinino, substância presente na água tônica,
tenha sido usado na prevenção de cãibras, seu uso foi recentemente proibido nos
Estados Unidos, devido à sua toxicidade. Mas em estudos europeus, idosos com
cãibras noturnas tratados com quinino obtiveram sucesso no tratamento. De
qualquer maneira, a quantidade de quinino na água tônica é muito pequena para
ter efeito sobre cãibras.
Mito: Não há como prevenir as cãibras
Falso: O fator mais importante na prevenção é o treinamento
adequado, progressivo e acompanhado do hábito de aquecer progressivamente ao
iniciar a corrida e alongar a musculatura, especialmente depois de correr. A
alimentação adequada e a reposição hidroeletrolítica durante a corrida previnem
as cãibras que acompanham a desidratação e os desequilíbrios dos sais minerais
(hiponatremia ou hipernatremia) ou da glicose (hipoglicemia). Se as cãibras são
recorrentes, apesar de adequadamente tratadas, um médico especialista em
Medicina do Esporte deve ser procurado.