24 de agosto de 2012

Lance Armstrong é banido do ciclismo e perdeu seus sete títulos do Tour de France...

Adaptado pela redação

É o fim de uma longa novela em que a agência do próprio país de Lance o acusou de doping com base em evidências de transfusão de sangue contendo substâncias proibidas pelo ciclismo e com denúncias de seus próprios companheiros, além de treinadores e dois médicos envolvidos no caso. Uma história que dá o que falar...

          A USADA (Agência Antidoping dos Estados Unidos, na sigla em inglês) anunciou nesta sexta-feira que irá banir o ciclista Lance Armstrong do esporte e que seus sete títulos da Volta da França serão retirados por comprovação de doping.
Travis Tygart

          Segundo Travis Tygart, executivo-chefe da Usada, o órgão norte-americano tem poder para retirar as conquistas do atleta, apesar de Armstrong, de 40 anos, dizer que isso é impossível. O ciclista é acusado de ter usado substâncias proibidas, como EPO e esteróide, além de realizar transfusões de sangue para fugir do antidoping entre 1999 e 2005, quando venceu o Tour de France sete vezes consecutivas.
          Tygart disse que a decisão sobre o caso Armstrong, que teve as investigações iniciadas há cerca de três anos, é de "partir o coração", mas que servirá de exemplo para manter a moralidade no esporte: "Este é um exemplo doloroso de como a cultura de vencer a todo custo nos esportes, se não for reprimida, superará a competição leal, segura e honesta. Para os atletas limpos, esta será uma lembrança reconfortante de que há esperança para as gerações futuras de competição em igualdade de condições sem o uso de substâncias proibidas", disse o executivo.
          Em comunicado divulgado na noite de quinta-feira, o atleta disse que não iria mais se defender das acusações "inconstitucionais" da Usada e que iria se dedicar apenas a cuidar de seus filhos, lutar contra o câncer e tentar ser "o quarentão em melhor forma no planeta". Ele vinha lutando para tentar derrubar o processo da Associação Antidoping dos EUA há algum tempo, mas viu a UCI (União Ciclística Internacional) considerar a investigação "procedente" , o que acabou culminando com a decisão da Usada nesta sexta.

         Ciclista profissional desde 1992, o norte-americano é um dos atletas mais vitoriosos da história do esporte. Além dos sete títulos da Volta da França que lhe serão retirados, Lance ainda conquistou outras competições importantes, como a Volta da Suíça e a Volta de Luxemburgo. Ele também ficou conhecido por ter se curado de um câncer de testículo que se espalhou pelo corpo mesmo com apenas 40% de chance de sobrevivência, segundo seus médicos. Atualmente, ele mantém uma fundação que auxilia cientistas e desenvolverem tratamentos cada vez mais eficazes para o câncer.

veja as notícias anteriores a respeito do caso que a redação veio acompanhando e saiba mais sobre o desenrolar do processo. Clique em cada um dos links para acessar a reportagem:



21 de agosto de 2012

Assista a Vuelta a España 2012 ao vivo..

Clique no link sublinhado abaixo e assista a todas as etapas da volta da Espanha ao vivo. Os horários de transmissão começam entre 10:30h e 11:00h variando devido ao tipo de percurso ou modalidade.




Vuelta a España 2012

Dia 18 de Agosto deste ano iniciou-se a volta da Espanha. Hoje estamos na quarta etapa e a partir da presente data, darei cobertura completa da competição, que é um espetáculo também no ciclismo mundial.

Até o final da terceira etapa, a tabela geral era a seguinte:



General Classification after Stage 3
1  VALVERDE BELMONTE, Alejandro (MOVISTAR)              8:46:56
2  INTXAUSTI ELORRIAGA, Benat (MOVISTAR)                 + 0:18
3  RODRIGUEZ OLIVER, Joaquin (KATUSHA)                   + 0:19
4  FROOME, Christopher (SKY PROCYCLING)                  + 0:20
5  CONTADOR VELASCO, Alberto (SAXO BANK-TINKOFF BANK)    + 0:24
6  MOLLEMA, Bauke (RABOBANK)                             + 0:28
7  GESINK, Robert (RABOBANK)                            
8  URAN URAN, Rigoberto (SKY PROCYCLING)                 + 0:30
9  MORENO FERNANDEZ, Daniel (KATUSHA)                    + 0:33
10 ANTON HERNANDEZ, Igor (EUSKALTEL - EUSKADI)           + 0:46
11 ROCHE, Nicolas (AG2R LA MONDIALE)                     + 0:52
12 CAPECCHI, Eros (LIQUIGAS-CANNONDALE)                  + 0:59
13 COBO ACEBO, Juan Jose (MOVISTAR)                      + 1:06
14 HENAO MONTOYA, Sergio Luis (SKY PROCYCLING)           + 1:11
15 ANACONA GOMEZ, Winner (LAMPRE - ISD)                  + 1:12







20 de agosto de 2012

A descoberta da "irisina": o hormônio do exercício. Incrível!


Adaptado pela redação do blog

Hoje já estão contabilizados cerca de duzentos hormônios que circulam por dentro de nosso magnífico corpo. E agora, após duas décadas de pesquisa sem descobertas impactantes, apareceu este novo hormônio de grande valia para os atletas e para quem não pode fazer exercícios por limitação da saúde ou por tempo ou qualquer outro motivo.

Um estudo publicado na revista Nature, conduzido por pesquisadores da Dana Farber Cancer Institute e Harvard Medical School, esta última comandada pelo médico Bruce Spiegelman, mostra que o exercício físico estimula a produção de um hormônio que tem a capacidade de aumentar o gasto energético e consequentemente, a queima de gordura corporal, através da transformação da gordura "comum" em gordura "marrom". O novo hormônio, até então desconhecido, recebeu o nome de Irisina, em referência à deusa mensageira da mitologia grega, Íris.

Os pesquisadores acreditavam que células musculares se comunicam bioquimicamente com a gordura corporal, porém, não sabiam como, até que acompanharam de perto as operações de uma substância chamada PGC1-alpha, que é produzida em abundância pelos músculos durante e após os exercícios e responsável por muitos dos benefícios atribuídos a tal prática.
esquema de atuação da irisina


A PGC1-alpha estimula a expressão de uma proteína chamada Fndc5, que se quebra em duas partes, dando origem a Irisina.  Diferente da maioria das substâncias produzidas nos músculos, ela não permanece lá. Entra na corrente sanguínea e segue em direção ao Tecido Adiposo Branco (TAB) – responsável por armazenar energia –, que na sua presença transformam-se em gordura marrom (TAM). Os pesquisadores acreditam que a quantidade de exercícios (Irisina) é proporcional a quantidade de gordura marrom no organismo.

imagem de um tecido adiposo humano
A constatação de que Irisina pode contribuir para o escurecimento da gordura corporal é uma descoberta extraordinária, visto que a gordura marrom é fisiologicamente desejável e metabolicamente ativa, atuando na manutenção da temperatura corporal (termogênese) através da queima de calorias. Pensava-se que adultos não possuíam esse tipo de gordura, porém, estudos recentes mostram que temos um aporte de TAM que varia de pessoa para pessoa.

Ratos foram induzidos a produzir grandes quantidades da substância e mostraram-se resistentes à obesidade e diabetes, assim como muitas pessoas que praticam exercícios com regularidade. Curiosamente, o hormônio encontrado em ratos e humanos é exatamente o mesmo.

Enquanto a Irisina parece ter um grande impacto sobre o metabolismo, não parece desempenhar qualquer papel perceptível nos efeitos que o exercício tem no coração ou no cérebro. Várias questões permanecem sem solução. Apesar de todos os benefícios, os ratos perderam pouco peso, porém resistiram ao ganho – mesmo com uma dieta rica em gordura – e os níveis de açúcar no sangue se mantiveram estáveis (aqui está o porque do título dessa postagem).

Finalmente, foram realizados experimentos com células musculares de pessoas voluntárias, que haviam seguido á risca um programa de corrida no decorrer de uma semana. Foi notado um aumento dos níveis de Irisina, que é uma forte candidata ao desenvolvimento de novos tratamentos para diabetes, obesidade e outras doenças, como o câncer.

No futuro, os pesquisadores esperam testar as injeções de Irisina em pessoas que, devido a deficiências ou problemas de saúde, não podem praticar atividade física. Ele também quer descobrir qual a quantidade e o tipo de exercício capazes de levar ao aumento da substância em pessoas saudáveis.

Ex-parceiro de Armstrong admitui que se dopava e gera maiores suspeitas sobre o caso do Heptacampeão do Tour...


O ex-ciclista e atual diretor esportivo da equipe Garmin, Jonathan Vaughters (fotos), admitiu na segunda-feira passada (13/08) que recorreu ao doping em sua carreira de atleta, e se lamentou por isso.

Em artigo publicado no jornal The New York Times, com o título "Como afastar o doping do esporte", Vaughters diz que escolheu mentir para não acabar com seu sonho de ser vitorioso no esporte.

"Eu sinto muito, lamento muito essa decisão, e a rejeito categoricamente", declarou o ex-ciclista, de 39 anos, que foi companheiro de equipe de Lance Armstrong na US Postal.

O ex-atleta revelou que seu sonho desde criança era competir no Tour de France, meta que perseguiu com esforço, disciplina, sofrimento e sacrifício, mas, quando conseguiu, se deu conta de que o sonho só estava completo em 98% e que faltavam 2%, que faz a diferença nas grandes competições.

Foi quando alguns treinadores, mentores e inclusive o chefe de equipe disseram que não conseguiria nada se não cometesse uma fraude e se dopasse.

"O doping poderia ser esses 2%", declarou Vaughters, que contou que o sentimento de culpa o levou a se aposentar das corridas em 2003 e a montar uma equipe profissional (Garmin), em que o uso do doping não é uma opção. Segundo ele, ocorrem rigorosos controles antidoping e predomina o ciclismo limpo para buscar as vitórias.

"A luta contra o doping é agora mil vezes melhor do que quando eu competia, e isso me dá uma grande satisfação. Mas esse esforço tem que ser aumentado", ponderou.



O ex-ciclista foi um dos cinco ex-companheiros de Armstrong que, de acordo com versões de parte da imprensa, denunciaram em julho do ano passado as supostas práticas de doping do heptacampeão do Tour de France.

Vaughters, George Hincapie, Levi Leipheimer, Christian Vande Velde e David Zabriskie chegaram a um acordo com a Agência Antidoping americana para denunciar o suposto doping de Lance Armstrong e os deles mesmos em troca da redução de suas penas de dois anos para seis meses de suspensão.

Os atletas suspensos haviam sido acusados pela agência de participar junto com Armstrong de um sistema de doping, de 1999 a 2005. No dia 29 de julho, a Agência Antidoping Americana apresentou formalmente acusações de doping contra o multicampeão.

O heptacampeão do Tour negou categoricamente ter se dopado, com o argumento que fez mais de 500 exames durante sua carreira e nunca testou positivo.

14 de agosto de 2012

Por que as coisas no Brasil são tão caras?



É tanta muamba que o português dos vendedores de shopping da Flórida está mais afiado do que nunca. Os brasileiros são os turistas que mais compram nos EUA: US$ 4,8 mil por pessoa, à frente dos japoneses.


Nossos gastos no exterior em 2010 tinham passado de US$ 11 bilhões até setembro, um recorde. Agências de turismo já oferecem pacotes sem parques de diversão no roteiro, só com traslados para grandes shoppings e outlets. 

Estamos virando um país de contrabandistas. Natural. Veja o caso do iPad. Aqui, nos EUA ou na Europa, ele é importado. Vem da China. Em tese, deveria custar quase igual em todos os países, já que o frete sempre dá mais ou menos a mesma coisa. Mas não. A versão básica custa R$ 800 nos EUA. Aqui a previsão é que ele saia por R$ 1 800. No resto do mundo desenvolvido é raro o iPad passar de R$ 1 000. E isso vale para qualquer coisa. Numa viagem aos EUA dá para comprar um notebook que aqui custa R$ 5 500 por R$ 2 300. Ou um videogame de R$ 500 que bate em R$ 2 mil nos supermercados daqui. E os carros, então? Um Corolla zero custa R$ 28 mil. Reais. Aqui, sai por mais de R$ 60 mil. E ele é tão nacional nos EUA quanto no Brasil. A Toyota fabrica o carro nos dois países. 

Por que tanta diferença? Primeiro, os impostos. Quase metade do valor de um carro (40%) vai para o governo na forma de tributos. Nos EUA são 20%. Na China também. Na Argentina, 24%. O padrão se repete com os outros produtos. E haja tributo. Enquanto o padrão global é ter um imposto específico para o consumo, aqui são 6 - IPI, ICMS, ISS, Cide, IOF, Cofins. Ufa. Essa confusão abre alas para uma sandice que outros países evitam: a cobrança de impostos em cascata. O ICMS, por exemplo, incide sobre o Cofins e o PIS. Ou seja: você paga imposto sobre imposto que já tinha sido pago lá atrás. Tudo fica mais caro. E quando você soma isso ao fato de que não, não somos um país rico, o vexame é maior ainda. Levando em conta o salário médio nas metrópoles e o preço das coisas, um sujeito de Nova York precisa trabalhar 9 horas para comprar um iPod Nano (R$ 256 lá). Nas maiores capitais do Brasil, um Nano vale 7 dias de trabalho do cidadão médio (R$ 549). 

A bagunça tributária do Brasil não é novidade. A diferença é que os efeitos dela ficam mais claros agora, já que existem mais produtos globalizados (Corolla, iPad...) e o real valorizado aumenta o nosso poder de compra lá fora (quando a nossa moeda não valia nada, antes de 1994, era como se vivêssemos em outra galáxia - não dava para fazer comparações).

Mas sozinho o imposto não explica tudo. Outra razão importante para a disparidade de preços é a busca por status. Mercado de luxo existe desde o Egito antigo. Mas no nosso caso virou aberração. Tênis e roupas de marcas populares lá fora são artigos finos nos shoppings daqui, já que a mesma calça que custa R$ 150 lá fora sai por R$ 600 no Brasil. O Smart é um carrinho de molecada na Europa, um popular. Aqui virou um Rolex motorizado - um jeito de mostrar que você tem R$ 60 mil sobrando. O irônico é que o preço alto vira uma razão para consumir a coisa. Às vezes, a única razão. Como realmente estamos ficando mais ricos (a renda per capita cresceu 20% acima da inflação nos últimos 10 anos), a demanda por produtos de preços irreais continua forte. Os lucros que o comércio tem com eles também. E as compras lá fora idem. 

O resultado mais sombrio disso é o que os economistas chamam de doença holandesa: o país enriquece vendendo matéria-prima e deixa de fabricar itens sofisticados - importa tudo (ou vai passar o feriado em Miami e volta carregado). Por isso mesmo o governo reclama da desvalorização excessiva do dólar e do euro, que deixa tudo ainda mais barato lá fora. Aí não há indústria que aguente. 

Mas tem um outro lado aí. "É interessante ver que parte da indústria importa bens intermediários, que são usados para fazer outros produtos. E agora eles serão mais baratos. Então o câmbio apreciado pode ser bom", diz o economista Carlos Eduardo Gonçalves, da USP. 

O governo também tem agido contra o mal do câmbio. Em agosto, cortou várias taxas de máquinas industriais e zerou os impostos para a fabricação de aviões. Outros 116 bens da indústria de autopeças que não têm similar nacional tiveram seu imposto de importação praticamente zerado. Já é um começo. Esperamos que, em breve, passar 9 horas no avião para comprar um laptop possa deixar de fazer sentido.

12 de agosto de 2012

Uma triste realidade nacional para revelar atletas


No Brasil, principalmente nos esportes individuais e de menor repercussão, infelizmente, nem mesmo  atletas que são reconhecidos mundialmente, conseguem apoio financeiro condizente com o nível de gastos que eles têm e tampouco com o nível ao que alcançaram no seu esporte. E todos exigem que o Brasil ganhe medalhas. Assim não dá!

4 de agosto de 2012

Dois equatorianos que vão dar uma volta na América param em Vianópolis

Neste belo sábado de sol acompanhamos dois irmãos equatorianos que saíram de Pires do Rio com destino a Vianópolis, para pernoitar e permanecer em nossa cidade até segunda-feira. Um deles se chama Mario Villegas e o outro se chama Cesar Villegas. O percurso que os dois irmãos farão totaliza 32.000 quilômetros e eles já percorreram 17.000 quilômetros até o momento. Os dois irmão são escritores e pretendem escrever um livro detalhando como foi a sua volta pela América. Boa sorte aos dois irmãos e Bienvenidos a Vianópolis!

[Mario, Paulo Octávio, Cesar e Márcio Wayne]

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