16 de abril de 2013

Em subidas, devemos pedalar em pé ou sentados?



Adaptado por Paulo Octávio
Essa pergunta é relativa. Veja porque:

-  Inclinação da subida: subidas pouco inclinadas geralmente devem ser feitas sentadas. Quanto mais inclinado for a subida mais provável será que você tenha que pedalar em pé. Pedalar em pé tem a vantagem de usar o peso do corpo para aliviar um pouco a sobrecarga dos músculos, mas com a desvantagem de aumentar o estresse cardiovascular. Como resultado você ficará mais ofegante quando estiver de pé.
-  Comprimento da subida: Quanto menor a subida, mais vantagem você terá em levantar do selim. Assim você conseguirá gerar uma potência maior (de pé o peso corporal ajuda a transferência de força nos pedais) e você conseguirá vencer a subida mais rápido.
-  Tipo de competição: Em subidas pouco inclinadas um triatleta ou contra-relogista tem mais vantagens se ficar sentado se comparado com um ciclista. Isso está relacionado com a dinâmica das provas de ciclismo (o contrário das provas de contra-relógio e Triathlon onde manter o ritmo é melhor). Se um outro ciclista do pelotão acelerar na subida você corre o risco de sobrar, o que te forçará a acelerar também. Pedalando em pé é mais fácil acelerar.



Ciclistas magros como Cadel e Schleck levam vantagem em pedalar de pé

-  Massa Corporal: Quanto mais magro você for mais vantagens terá em ficar de pé. Um atleta grande normalmente leva vantagem se ficar sentado.
-  Velocidade: A 20km/h ou mais é melhor ficar sentado ou no clip, se você estiver com sua bike de triathlon. A menos de 20km/h ficar em pé é melhor. Isso também é afetado pela velocidade do vento, quanto mais forte estiver o vento mais provável a vantagem de se ficar sentado.
-  Fadiga: Em subidas longas, especialmente aquelas no final de corrida, existe uma vantagem em se alternar pedalar em pé e sentado nas subidas para melhorar a fadiga muscular. Mesmo que todas as condições acima indiquem que é melhor ficar sentado mas você estiver com a perna muito cansada, pedalar um pouco em pé pode ser benéfico para dar um alívio aos músculos usados em pedalar sentado.
-  Relação: A relação está relacionada com o desnível acumulado. Se sua relação é tão pesada a ponto de não conseguir manter a cadência, então talvez seja necessário pedalar em pé para conseguir manter o ritmo almejado.

9 de abril de 2013

Quantidade Diária de proteínas que um ciclista deve consumir

Adaptado por Paulo Octávio

Qual é a quantidade de proteína que os ciclistas devem ingerir diariamente?


É importante compreender que ciclistas  não são fisiculturistas (bodybuilders), então as necessidades são outras. Bodybuilders consomem grandes quantidades de proteína para maximizar a massa muscular, em duas fases (bulking) que é a fase ‘off’ e a fase (cutting) que é a ‘pré-contest’. Para nós ciclistas, detalhar essas duas expressões relativas aos fisiculturistas não é conveniente. Vamos ao que interessa...
Ciclistas simplesmente não querem TODA essa massa muscular. Seu objetivo principal é desenvolver uma relação potência-peso cada vez melhor e, por exemplo, ganhar 5 kg de músculo certamente não ajuda nessa história, pelo contrário, pode piorar as coisas. Assim, é importante para os ciclistas consumir a proteína adequada por esses motivos listados acima.
A ingestão diária recomendada para um adulto médio é de 0,8 g de proteína / kg. Este valor é, basicamente, para uma pessoa mais sedentária, que realiza movimentos básicos diariamente.
Para um ciclista, ou qualquer outro atleta de treinamento rígido, este valor seria muito baixo. Para uma pessoa que está realizando o treinamento de força, esse nível de ingestão diária sobe para 1.6 - 1.8g/kg.
Tome muito cuidado e saiba diferenciar força de resistência, meu amigo.
Os nutricionistas esportivos confirmam esse número e incluem mais uma categoria a parte: a dos atletas de resistência, sugerindo a necessidade 1.2 - 1.4g/kg.
Para referência muitos bodybuilders consomem 2.2g/kg ou mais. E outra dica importantíssima: consuma a maior parte de proteínas de que você necessita após seu treino, acompanhada de uma quantidade moderada de carboidratos. Desse último assunto, nós já falamos aqui no blog.



Os dez alimentos comuns mais ricos em proteínas!

por Paulo Octávio

Praticantes de esportes aeróbicos podem abusar das proteínas após treinos duradouros. Consumir os alimentos listados abaixo, juntamente com uma suplementação moderada e acompanhamento de um nutricionista para não exagerar na dose, aumentará bastante a construção e recuperação muscular no período de repouso.

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5 de abril de 2013

Os exercícios aeróbios e a queima de gordura. Direcione e Maximize a perda!

Publicado originalmente pela Revista Super Treino
Adaptado por Paulo Octávio Caixeta

Qual a função do exercício aeróbio na queima da gordura?

     As sobrecargas impostas sobre o sistema cardiovascular em um treino aeróbio são fundamentais para aumentar a capacidade cardiorrespiratória e o gasto de calorias. Consequentemente, há melhora na saúde cardiovascular. Além disso, as adaptações proporcionadas em nível metabólico potencializam a oxidação da gordura, tanto durante a atividade, quanto no período pós-atividade. 
O exercício aeróbio utiliza os lipídeos (gorduras) como fonte de produção de energia, mas também usa carboidratos. A intensidade do exercício determina qual substrato é utilizado em maior proporção como fonte energética. Quanto menor a intensidade, maior a proporção de utilização das gorduras. Por outro lado, quanto maior a intensidade do exercício, maior a proporção de utilização dos carboidratos. 
Em outras palavras, tanto em baixa quanto em média/alta intensidade a quantidade de gordura que nosso corpo irá consumir será a mesma, haverá aumento apenas na quantidade de carboidrato requerido em cada caso. Veja o exemplo do quadro:
*FC quer dizer frequência cardíaca

       Agora vamos analisar as informações do quadro. No exercício aeróbio de baixa intensidade (50%) houve uma porcentagem de utilização de gordura igual à de carboidrato (50%), mas o gasto calórico total foi de 220kcal em 30 minutos. Já no exercício de alta intensidade (75%) a porcentagem de gordura utilizada em relação ao carboidrato diminui para 33% (contra os 50% anterior), mas note que o gasto calórico total foi de 332kcal nos mesmos 30 minutos e a quantidade de gordura utilizada foi igual à do exercício de baixa intensidade. Ocorre que, nos treinos de alta intensidade, sendo o carboidrato a principal fonte de energia, o organismo consome oxigênio EXTRA para a atividade. Ao término do exercício, ou seja, no repouso, há um aumento do metabolismo para que o organismo possa restabelecer os níveis de oxigênio gastos no exercício, num período com duração de 24 a 48 horas. Nos exercícios de intensidade leve a moderada, a gordura é utilizada em maior percentual devido à grande presença de oxigênio. Esta abundância de oxigênio que o corpo consegue utilizar nesta faixa de intensidade faz com que o aumento do metabolismo em repouso seja de menor magnitude, perdurando por apenas 12 a 24 horas. Além disso, as adaptações cardiovasculares e metabólicas relativas ao exercício de alta intensidade são bem maiores que do exercício de baixa intensidade. O aumento da capacidade cardiovascular, bem como as adaptações com relação ao aumento do número de densidade das mitocôndrias, aumento no número de enzimas oxidativas e aumento da capacidade de transporte e difusão do oxigênio (VO2 Máx) fazem com que o indivíduo treinado nestas condições tenha cada vez mais a utilização da gordura favorecida tanto durante a atividade, quanto no repouso.
#AS INTENSIDADES#
       Para muitas pessoas, manter-se no exercício durante 20 ou 30 minutos é dureza, ainda mais em níveis moderados a intenso. Além de desgastante, o exercício pode tornar-se desmotivante. Tanto fatores metabólicos, quanto neuromusculares e psicológicos proporcionam limitações nos treinamentos de caráter contínuo. Desta forma, os exercícios intervalados – alternando alta, moderada e baixa intensidade – tornam sua prática mais prazerosa, com sensação de um treino mais curto, e proporcionam os mesmos benefícios que o treino contínuo. E como forma de determinar as intensidades dos exercícios e saber se os estímulos estão corretos para trazer as adaptações pretendidas, um método muito simples é a aferição da frequência cardíaca (FC). Apesar de não ser a mais conveniente para determinar tais intensidades, porém com boa correlação, utilize a mesma fórmula dos fisiologistas do exercício, que é subtrair sua idade do valor 220 para obter os valores de sua Frequência Cardíaca Máxima. Desta forma, temos a seguinte equação: FC Máx = 220 – idade.Com esse cálculo teremos uma estimativa dos batimentos máximos que podemos atingir durante o exercício. No entanto, por segurança, principalmente de indivíduos não atletas, recomenda-se trabalhar com uma estimativa submáxima, que seria 90% da FC Máx, conhecida como FC SMáx. Por exemplo, para uma pessoa de 30 anos teríamos a seguinte situação: FC Máx= 220 – 30, ou seja, a FC Máx seria 190bpm. Para chegar à FC Submáxima faça a conta de 190 x 0,9, que dá FC SMáx= 171bpm. O controle da frequência cardíaca pode ser feito utilizando um frequencímetro ou através de modo manual. Entretanto, como nem todos os indivíduos tem facilidade em aferir a FC durante o exercício, devido ao aumento dos batimentos, outra forma de controle pode ser utilizada e é conhecida como Tabela de Percepção Subjetiva de Esforço de Borg. Esta tabela possui uma alta correlação da frequência cardíaca estimada para a realização do exercício e o grau de dificuldade utilizado. Confira a relação entre os dois métodos:

       A melhor maneira de conhecer o seu estado atual e sua evolução com o esforço que será feito na academia é pela avaliação física. É uma ótima ferramenta para mensurar o seu estado atual e acompanhar o seu progresso na perda de peso – ou melhor, perda de gordura – e o aumento e/ou manutenção da massa muscular. Uma boa dica, em nossa opinião, é fazer fotos semanais do seu corpo para, desta forma, visualizar melhor o caminho que está sendo trilhado e os resultados alcançados. Isso irá gerar motivação para que você se mantenha na dieta, semana após semana.
Se você já está com os dados da avaliação em mãos, informe seu corpo que é hora de suar a camisa.
#FORMAS DE AFERIR (MEDIR) A FC#
Geralmente, as duas maneiras mais utilizadas para aferição manual da FC é posicionando-se as pontas dos dedos sobre a artéria radial (no punho) e artéria carótida (no pescoço). Os dedos devem tocar a artéria com pequena pressão para não influenciar a passagem sanguínea no local.
Antes do exercício: conte o número de vezes que o coração bate durante 30 segundos e multiplique por 2.
Durante ou logo após o exercício: conte o número de vezes que o coração bate durante 6 segundos e multiplique por 10.
#LIMIAR ANAERÓBIO#
É o ponto no qual a predominância de fornecimento de energia passa do aeróbio para o anaeróbio, ou seja, da abundância de oxigênio para sua ausência. Se existe pouco oxigênio devido à intensidade do exercício, a energia precisa vir da glicose, uma vez que a gordura não pode ser metabolizada sem oxigênio.
ENTENDA A TABELA DE BORG
A Tabela de Borg é utilizada para determinar a percepção subjetiva de esforço em testes ergométricos e treinos aeróbios. A avaliação da intensidade é feita por meio da alteração da sensação respiratória e neuromusculares de cansaço e fadiga.
No início, os indivíduos sentem certa dificuldade em correlacionar a sensação do esforço com a numeração da tabela, mas a adaptação é relativamente rápida quando auxiliados por um profissional.
Percebe-se na tabela que alguns números possuem uma classificação descrita, como o limiar aneróbio (representado pelo número 13 na tabela), no qual o exercício deixa de ter uma utilização maior da via aeróbia. Os números sem descrição representam uma fase transitória dos níveis de esforço, apresentando sensações tanto do nível abaixo, quanto do nível acima, de forma inconsistente.
O nível 6 representa a sensação do indivíduo sem atividades, por exemplo, sentado e assistindo televisão.
Nos níveis 7 e 8, a frequência cardíaca começa a se elevar e a pessoa apresenta a sensação de um maior trabalho cardiovascular e neuromuscular para a realização de uma atividade com o mínimo esforço.
Nos níveis 9 e 10, é perceptível a necessidade de uma maior respiração e um aumento da frequência cardíaca com início da sudorese. Geralmente neste estágio o indivíduo ainda consegue manter uma conversa sem se cansar demasiadamente.
Nos níveis 11 e 12, há uma sensação de contrações musculares um pouco mais intensas, ciclos respiratórios (inspiração/expiração) mais curtos, a conversa torna-se um pouco desconfortável devido à necessidade do corpo em eliminar o gás carbônico produzido pelo aumento da frequência respiratória, mas ainda com eficiência.
Nos níveis 13 e 14, com maior esforço, a conversa torna-se um fator bem desconfortável devido ao organismo ter uma certa dificuldade em captar mais oxigênio. Aqui já é necessário manter uma boa concentração na respiração. Geralmente, indivíduos sedentários começam a sentir uma pequena fadiga neuromuscular devido à falta de capilares na musculatura que permitem levar maior quantidade de oxigênio aos músculos que estão sendo recrutados.
Nos níveis 15 e 16, a frequência respiratória é elevada. Nota-se uma hiperventilação (respiração forçada) e a fala é muito dificultada durante a realização do exercício. Geralmente, indivíduos sedentários interrompem o exercício pela fadiga neuromuscular, sensação de queimação e cãibra neste estágio.
Nos níveis 17 e 18, já próximo à fadiga, a sensação é de extremo cansaço com sensação de hiperventilação extrema, grande sudorese e dificuldade de controle motor dos movimentos (como realizar as 3 últimas repetições numa série de fadiga).
Níveis 19 e 20: instalação da fadiga total impedindo o indivíduo de prosseguir com a atividade, tendo a necessidade de parar ou reduzir a intensidade do exercício para que possam ser restabelecidos todos os sistemas próximos da zona 10/11, na qual o mesmo consegue eliminar todos os metabólitos produzidos pelo exercício, estabilizar a frequência respiratória e oxigenar a musculatura de forma eficaz.

PROGRAMA DE TREINO
Apresentamos a seguir quatro treinos para aumentar o gasto calórico e a queima de gordura. Serão apenas 3 dias na semana, com duração de 20 minutos.
Especialmente para quem está no início, é ideal que em cada dia da semana se utilize diferentes equipamentos (esteira, bike, elíptico, por exemplo) para alterar a exigência de impacto nas articulações.

TREINAMENTO 1 – BAIXO IMPACTO – INICIANTE – 25 MINUTOS
O objetivo é propiciar um aumento do condicionamento aeróbio sem estressar as articulações e o tecido conectivo. É um programa excelente para aqueles que não estão acostumados aos exercícios aeróbios, facilitando sua adesão à modalidade.
Assim, a bicicleta ergométrica horizontal é uma boa indicação, já que seu encosto para as costas facilita a manutenção da postura durante o exercício. O uso do elíptico proporciona um bom trabalho de membros superiores e inferiores, e um bom trabalho cardiovascular.
Comece na bicicleta. Após o aquecimento de 5 minutos, aumente gradualmente o ritmo, utilizando este tempo para elevar a FC até a zona alvo de treinamento. Mantenha este ritmo e depois de 5 minutos mude para o elíptico. Lentamente reduza a intensidade para reduzir a FC.

*Sabemos que em alguns horários a troca de equipamento não é possível devido ao número de pessoas na academia. Se for o caso, permaneça os 25 minutos no equipamento de sua preferência.
TREINAMENTO 2 – QUEIMA DE GORDURA – INTERMEDIÁRIO – 40 MINUTOS
Comece o exercício gradualmente até elevar a FC. Em seguida, inicie a alternância de períodos mais intensos e menos intensos. Se necessário, aumente o intervalo de recuperação ou estenda o período de esforço. Adapte progressivamente o exercício a sua condição física.

TREINAMENTO 3 – ADAPTAÇÕES METABÓLICAS – INTERMEDIÁRIO – 40 MIN.
O objetivo é trabalhar com intensidades mais elevadas, um pouco acima do limiar anaeróbio, nos períodos de esforço e um pouco abaixo do limiar anaeróbio nos períodos de descanso. O treino terá maior ritmo de velocidade sem fadiga e queda do rendimento.

TREINAMENTO 4 – QUEIMAR GORDURA – AVANÇADO – 35 MIN.
Este programa é para indivíduos que estão acostumados a treino aeróbio de alta intensidade. Procure não realizá-lo antes do treino da musculação. É um programa intenso e, ao mesmo tempo, de considerável volume, provocando bastante cansaço.



BONS TREINOS!

Saiba onde posicionar as mãos no guidão em cada situação. Faça igual aos profissionais!

Postado por Paulo Octávio Tassinari Caixeta.


Este vídeo, em inglês, nos ensina onde e como posicionar as mãos no guidão para obter uma performance otimizada. Clique na imagem da esquerda para executar o vídeo.



Braddley Wiggins diz que está "pesado" e precisa emagrecer para o Giro D'Italia

Adaptado por Paulo Octávio Tassinari Caixeta 
     No recém-encerrado Tour de Omã, o vencedor do Tour de France de 2012, Bradley Wiggins, mostrou uma preocupação extra. “Estou muito pesado”, admitiu para os jornalistas. “Peso é um problema para mim, porque eu não sou um escalador por natureza. Fora da temporada, meu peso é 82 quilos, agora estou com 75 quilos, mas minha meta é chegar aos 70 quilos no Giro D’Itália”, contou. Vale lembrar que o Atleta possui altura de 1,90 metros. A pouco mais de dois meses e meio para o início do Giro D’Itália (que começa dia 4 de maio), Wiggins segue com seus treinamentos específicos para queimar os 5 quilos que faltam para sua meta. Seu próximo compromisso com a equipe britânica Sky é a Volta a Catalunha.
     Em 2013, seu objetivo é vestir a maglia rosa. “Levei um tempo para redescobrir uma motivação. Eu me perguntava: ‘O que é que eu vou ser capaz de fazer no próximo ano?’ Eu sabia que queria competir,  eu queria novos desafios e o Giro, para mim, é algo especial”, disse Wiggins em Omã.

     Wiggins já sentiu o gostinho do Giro em outras ocasiões. Em 2009, o ciclista disputou a prova e ficou em segundo no contrarrelógio final. Em 2010, venceu o prólogo e usou a camisa rosa de líder por um dia. “Essa corrida sempre me inspirou. Os espectadores italianos idolatram os ciclistas.”

3 de abril de 2013

Vale a pena tirar um cochilo sim! Veja porquê...


Adaptado por Paulo Octávio Tassinari Caixeta

Dormir é bom, necessário e fundamental para a saúde. Mas e o cochilo? A dúvida de muitas pessoas é se aquela dormidinha curta, em um período qualquer do dia, atrapalha ou não o sono noturno. Em alguns lugares do mundo, cochilar após a refeição é um hábito. Na Espanha, por exemplo, a famosa sesta é uma instituição.
               Embora muito tenha falado sobre a importância do cochilo, continua sendo difícil conciliar o cochilo com a vida familiar, o trabalho, e os horários a que estamos sujeitos. O cochilo aumenta a vigilância e reflexos, os níveis de atenção, o senso de humor e o animo da pessoa
               O sono após o almoço oferece alguns benefícios físicos, como o aumento da disposição e a diminuição do cansaço. Ele também é capaz de melhorar o desempenho cognitivo. O objetivo desse cochilo  é “liberar” espaço para armazenar informações e priorizar a absorção de novos conhecimentos.
[...]
               Outra importante pesquisa desenvolvida pela Harvard Medical School reforçou a importância dos cochilos, mostrando que quem dorme aproximadamente 30 minutos durante o dia, pelo menos três vezes por semana, reduz aproximadamente em 37% a chance de ter alguma doença cardiovascular.
               E será que prolongar esse tempo continua trazendo benefícios? Alguns pesquisadores afirmam que não, e apontam o tempo ideal do cochilo entre 15 e 30 minutos, não ultrapassando 60 minutos. Passar desse tempo pode trazer prejuízos para o sono noturno, dificultando o seu início ou manutenção.
               Especialistas ainda reforçam que o sono diurno pode aumentar em até 50% a capacidade de tomar decisões acertadas, sem falar na melhora em até 30% da produtividade no trabalho e no esporte, para quem é praticante de atividade física ou atleta.

               Pensando nisso, algumas empresas aderiram à ideia e implantaram espaços para os funcionários repousarem. Alguns restaurantes também seguiram a mesma linha e, buscando proporcionar bem-estar aos clientes, criaram espaços apropriados para descanso após a refeição.
               Empresários e engenheiros londrinos criaram uma alternativa para quem quiser tirar um cochilo em horário comercial: um sistema chamado PodTime, com cápsulas medindo aproximadamente 2 metros quadrados, com isolamento acústico, colchão e travesseiros, dispositivo para iPod e despertador. O local para repouso rápido foi criado no distrito financeiro de Londres e funciona de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 18h.
               Tirar uma soneca após o almoço poderá proporcionar diversos benefícios ao organismo, mas é importante lembrar que o correto é fazer isso apenas uma vez ao dia e, de preferência, logo após o almoço. E não esqueça de um importante aliado: o despertador será fundamental para você não ultrapassar o tempo ideal nesse descanso.